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domingo, 12 de fevereiro de 2017

Manuel Alegre considera "autoritária e arrogante" a posição de ministro


As declarações do ministro do Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, sobre o acordo ortográfico, afastando a possibilidade de sua revisão, irritaram Manuel Alegre. O escritor e ex-deputado, que na tarde do mesmo dia esteve no Parlamento, na Comissão de Cultura, falando de ortografia, integrando uma delegação da Academia das Ciências de Lisboa, diz ao PÚBLICO:"O ministro dos Negócios Estrangeiros diz que rejeita a revisão do acordo ortográfico. Eu rejeito essa forma de rejeição, porque a considero autoritária e arrogante, dogmática e deselegante para com a Academia das Ciências". Alegra insiste ainda num ponto que também já foi abordado e explicado no Parlamento:"A Academia, que é, de acordo com a lei, conselheira do governo em matéria de língua, não foi ouvida nem procurada no que diz respeito ao acordo. E limitou-se a apresentar, agora, um conjunto de sugestões indicativas para que se começasse a debater este assunto e para tentar melhorar, se possível, um acordo que nasceu mal, um acordo cheio de falhas".

Manuel Alegre, ao falar na comissão, na tarde de terça-feira, lembrou que como deputado do PS tinha votado contra o acordo (ele é também subscritor de um manifesto que apela à sua revogação), mas acrescentou que como membro da Academia das Ciências, estava ali "com a melhor da boa vontade". Agora diz:"Esta posição do ministro, que fala em nome do Governo, revela também um grande desprezo por todos aqueles que têm oposto desde o princípio a este acordo. Desprezo por escritores, por gente de letras,por acadêmicos, por professores e por cidadãos que manifestaram a sua oposição a este acordo, que está fragmentando a língua e dividindo os portugueses....", Mas como como a posição da Academia é abrir um debate sobre o acordo, corrigindo nele pelo menos os pontos que considera mais graves, Manuel Alegre entende que a posição do Governo devia ser outra. "Devia aconselhar-se com o Presidente da República, que já manifestou o seu desagrado em relação a este acordo".

Fonte: https://www.publico.pt/2017/02/08/culturaipsilon/noticia/1manuel-alegre-considera-autoritaria-e-arrogante-posicao-de-santos-silva-sobre-o-ao-1761296

Governo português rejeita revisão do Acordo Ortográfico


No DN lemos:"Ministro dos Negócios Estrangeiro recusou-se a comentar a proposta da Academia das Ciências de Lisboa sobre o Acordo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português afastou hoje (07/02/2017) a possibilidade de revisão do Acordo Ortográfico, referendo que está em vigor em Portugal e que falta ser aplicado pelos países onde a ratificação ainda não está em curso.

'O momento em que estamos do processo de implementação do Acordo Ortográfico é este momento: para países como Portugal, Brasil e outros, o Acordo está em vigor; noutros países que o aprovaram, o processo de ratificação ainda está em curso', disse o ministro Augusto Santos Silva, à margem da imprensa da plataforma 'Português Mais Perto".

Fonte: http://www.dn.pt/portugal/interior/governo-rejeita-rever-o-acordo-ortografico-5654344.html

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Anproport contra revisão proposta pela ACL


A Associação Nacional dos Professores de Português e (Anproport) e o Grupo de Cidadão Contra o Acordo Ortográfico de 1990 (AO90) opõem-se à revisão do documento proposta pela Academia das Ciências de Lisboa.

A Academia das Ciências de Lisboa (ACL) aprovou um documento com sugestões para o aperfeiçoamento do AO90, no entanto, a Anproport, pela voz da sua presidente, Rosário Andorinha, considera que a proposta peca por tardia, que só iria gerar mais confusão e que já está provado que o AO90 "não funciona" e que por isso deveria "deixar de existir".

"É uma emenda sobre emenda, que vai gerar uma terceira via que nos parece que pode levar a um caos ortográfico. Quem iria aprender com esta terceira via?", questionou a responsável em declarações à Agencia Lusa.

Por isso, considerou seria preferível revogar o AO90 e não colocar-lhe "remendos".

Fonte: http://24.sapo.pt/atualidade/artigos/associacao-professores-e-movimento-cidadaos-contra-revisao-acordo-ortografico-e-querem-revogacao

Sugestões para o Aperfeiçoamento do AO


O Plenário dos Sócios Efetivos da Academia das Ciências de Lisboa (ACL), estatutariamente o órgão máximo da instituição aprovou....por maioria, o documento "Sugestões para o aperfeiçoamento do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa".

O assunto começou a ser debatido às 18h e encerrou a votação às 19h. Dezoito acadêmicos votaram a favor e cinco contra.

A Academia das Ciência de Lisboa dá inteira liberdade aos acadêmicos de seguirem, ou não, o Acordo Ortográfico de 1990. Foi notória a diversidade de opiniões e, por isso, a aprovação da proposta deve ser entendida como um voto de confiança no Presidente para representar a Academia na sua próxima audição na Assembleia da República.

O estudo agora apresentado deve ser encarado como ponto de partida para uma nova fase.

Apresentam-se sugestões de aperfeiçoamento e esclarecimento de alguns pontos do texto de 1990.

A expectativa de aperfeiçoamento na aplicação do AO90, assim como o interesse da opinião pública à volta do assunto, são indícios claros da manifesta utilidade deste trabalho acadêmico.

Fonte: http://www.acad-ciencias.pt/noticias/detalhe/7

ACL empenhada no aperfeiçoamento do AO


No cumprimento do seu dever estatuário, a Academia das Ciências de Lisboa (ACL), por intermédio do Instituto de Lexicologia e Lexicografia da Língua Portuguesa (ILLLP), está empenhada no aperfeiçoamento do Acordo Ortográfico de 1990.

O Acordo Ortográfico de 1990 "é um problema científico e não político", afirma o Presidente da Academia das Ciências de Lisboa, Artur Anselmo, que gostaria de ver esta questão, definitivamente resolvida. Ana Salgado, coordenadora do novo Dicionário da Academia, por sua vez, salienta a importância de um aperfeiçoamento para fixar a nomenclatura do Dicionário e do Vocabulário da Academia e reitera:"O Acordo Ortográfico de 1990 não estabelece uma ortografia única e inequívoca, deixando várias possibilidades de interpretação em muitos casos, o que tem provocado alguma instabilidade ortográfica". Com o intuito de por fim à "instabilidade ortográfica", a ACL apresentará um estudo que visa aperfeiçoar o Acordo Ortográfico e estabelecer novos critérios orientadores mais uniformes.

Fonte: http://www.acad-ciencias.pt/noticias/detalhe/4

domingo, 22 de janeiro de 2017

Acordo Ortográfico em debate


Em Portugal houve um debate no dia 9 deste mês de janeiro sobre o Acordo Ortográfico, promovido pelo PEN Club, no Goethe Institu, em Lisboa.

No Site Ciberduvida de Língua Portuguesa, temos:"o anunciado um "aperfeiçoamento" que a Academia das Ciências de Lisboa prepara e que já foram surgindo alguns tópicos: regresso à diferenciação de 'óptico-ótico' e de 'pára-para', clareza no uso dos hífens, reposição de consoantes ditas mudas (pelo menos as que permanecem no Brasil, caso de recepção-receção); ou revisão do uso dos sufixos PAN e COM". (cf. https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/artigos/rubricas/acordo/acordemos-para-desacordar-de-vez/3476).

Realmente, se aqui nossa complicação são os dicionários (nem o dicionário da ABL) que não nos trazem luz sobre o assunto, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da ABL  que entra em contradição com o texto oficial do Acordo Ortográfico, muito pior é a situação dos portugueses que, além de tudo isso, têm  o Vocabulário Ortográfico Ortográfico da Língua Portuguesa, da Porto Editora (2009), o Vocabulário Ortográfico Português, do ILTEC (2011), e o Vocabulário Ortográfico Atualizado da Língua Portuguesa da ABL, (2012).

Em outro trecho do texto do Cíberduvida de "Língua Portuguesa, lemos:"Recordando os saudosos José Pedro Machado e Vasco Graça Moura, entre tantos outros que se cansaram de argumentar contra os perigos do "monstro" que aí vinha, é possível olhar para a tentativa da ACL como confirmação clara de um falhanço: se o AO precisa de emendas, e não serão poucas, nunca deveria ter entrado em vigor no estado em que está".

Obs.: O texto é assinado pelo jornalista Nuno Pacheco

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