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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

O ‘Vocabulário Ortográfico da Galiza’ está já em papel

Vocabulário Ortográfico da Galiza, apresentado publicamente em 27 de junho de 2015, dentro do programa do Seminário “Língua, sociedade civil e ação exterior” da Academia Galega da Língua Portuguesa (AGLP), está já disponível no formato impresso. De facto, os primeiros exemplares foram entregados no recente simpósio SIPLE, entre outras personalidades, ao secretário-geral da Política Linguística da Junta, Valentín García Gómez.
Em artigo publicado no sítio web da AGLP, o académico Carlos Durão explica que «a elaboração de umVocabulário Ortográfico da Galiza, como contributo aoVocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa, previsto no texto do Acordo Ortográfico (e ratificado em Lisboa pelos Ministros da Educação e da Cultura dos países membros da CPLP, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), foi tarefa assumida pela delegação de observadores da Galiza já nas sessões de trabalho das negociações do Acordo Ortográfico, primeiro do 1986 no Rio de Janeiro, e depois do 1990 em Lisboa, hoje vigorado nos países signatários».
A presença de uma delegação da Galiza foi noticiada até no comunicado que, em nome dos Estados lusófonos, anunciava o Acordo da Ortografia Unificada de 1990: «As delegações de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, S. Tomé e Príncipe e Portugal com a participação de uma delegação de observadores da Galiza, reunidas em Lisboa…». Esta menção foi ainda recolhida no no Diário da República Portuguesa (I Série-A, no 193, 23-8-1991, p. 4370), e também na Resolução da Assembleia da República no 26/91, aprovando o Acordo para ratificação.
Esta tarefa, porém, não foi assumida até a constituição da Academia Galega, cuja Comissão de Lexicologia e Lexicografia (CLL) já elaborara um primeiro Léxico Galego, que partilhara com academias e empresas culturais da Lusofonia, a título de mostra, com aproximadamente 2.000 vocábulos de léxico peculiar galego. Muitos desses vocábulos estão hoje recolhidos em dicionários lusófonos diversos, que se podem consultar na rede, ou em vocabulários ortográficos em papel, como o da Porto Editora; e são reconhecidos no corretor ortográfico FLiP8 da Priberam.
Este vocabulário, agora impresso, inclui mais de 154.000 entradas, «número que foi considerado como termo médio razoável», assinala Durão, de maneira que nele coubesse «o vocabulário considerado propriamente galego, junto com ocorpus geral da nossa língua, num amplo vocabulário patrimonial, naturalmente partilhado na sua quase totalidade com toda a Lusofonia».
Quanto à ortografia empregue, é «descritiva ou indicativa, digamos recomendada ou orientadora, mas não prescritiv»a. Por outras palavras, «a escolha é a da norma galega escrita, inclusa no padrão português como a forma galega do português europeu, segundo os parâmetros do Acordo Ortográfico. Por isso, é claro que não obriga ninguém a escrever o seu nome, ou o da sua vila, de uma determinada maneira, e menos ainda a o pronunciar com uma determinada fonética, pois esta corresponde a cada realização concreta dentro do domínio linguístico».
Fonte: http://pgl.gal/vocabulario-ortografico-da-galiza-esta-ja-papel/

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

COLÓQUIO SOBRE “ORTOGRAFIA E BOM SENSO”


O presidente da Academia de Ciências de Lisboa (ACL), órgão consultivo do Governo na política da Língua, defendeu que se devem "reunir, em boa paz", todas as instituições da área linguística e rever o Acordo Ortográfico assinado em 1990.
"Já passou muito tempo, mais de 20 anos, e não se fez rigorosamente nada, para melhorar o Acordo", disse à Lusa Artur Anselmo, presidente da ACL, acrescentando: "O Acordo não é uma Bíblia nem o Corão, e pode ser melhorado".
O secretário de Estado da Cultura admitiu à Lusa que há dificuldades, no que diz respeito à ortografia, que têm "de ser melhoradas".

http://www.sapo.pt/noticias/presidente-da-academia-de-ciencias-de-lisboa-_554df8246e6028224598b285

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