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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Debate sobre o ensino da língua portuguesa

 
No dia 24 de maio de 2011, o programa Observatório da Imprensa exibiu um debate interessante. Participaram do debate o Prof. Sérgio Nogueira Duarte da Silva, que é Licenciado em Língua Portuguesa e Língua Espanhola pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Mestre em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Também, o Prof. Deonísio da Silva, que é Licenciado em Letras pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Mestre em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Doutor em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo. Ainda o Prof. Marcos Bagno, que é Graduado em Língua Portuguesa pela Universidade Federal de Pernambuco e Mestre em Linguística pela mesma instituição. É Doutor em Filologia Românica e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo. Enquanto os outros dois se encontravam no estúdio do programa no Rio de Janeiro, este último falou de Brasília, da UNB.


O Prof. Sérgio Nogueira falou sobre seus 40 anos de magistério em escolas de ensino fundamental, médio e universidades. Falou que conhece a variação linguística(bem como todos os demais professores) mas que o aluno precisa se apropriar do conhecimento da língua padrão. Completando o que fora dito anteriormente, o Prof. Deonísio da Silva lembrou que Machado de Assis, sendo mulato, epilético, gago não se deu por vencido e apropriou-se da língua padrão tornando-se um mestre reconhecido não apenas no Brasil.

De sua comodidade na UNB, Marcos Bagno falou em variação linguística todo o tempo e disse que entre os 40 membros da Academia Brasileira de Letras e os 4.000 membros da Associação Brasileira de Linguística(ABRALIN), ele prefere aos últimos. O curioso no discurso de Bagno é nunca se referir à Academia Brasileira de Filologia.

O Prof. Sérgio Nogueira falou que o desrespeito que alguns "doutores" têm pelos professores de língua portuguesa é incoerente porque a linguística faz parte do preparo destes professores, motivo pelo qual não se pode afirmar que eles desconheçam o assunto em questão. Apenas sabem que o aluno precisa aprender a língua padrão. Os tais "doutores" defendendo a variação linguística e repudiando a Gramática Normativa se posicionam como donos da verdade.

O debate foi interessante e mostrou o quanto precisamos ouvir os dois lados da questão.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

MEC defende livro polêmico




O ministro da Educação Fernando Haddad, afirmou ontem que o Ministério da Educação(MEC) não vai recolher o livro didático Por uma Vida Melhor, distribuído nas escolas e que admite erros de concordância na linguagem falada...O MEC distribuiu o livro, pivô de uma crescente polêmica, pelo Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos (PLND-EJA) a 4.236 escolas.
Em um trecho da obra, os autores afirmam que o uso da linguagem popular - ainda que com seus erros gramaticais - é válido, permitindo frases como "nós pega o peixe" ou "os menino pega o peixe". Defende também que não se fale em linguagem "certa ou errada", mas "apropriada ou inapropriada" para cada ocasião.

Fonte: Jornal do Commercio, Recife, 19 de março de 2011, quinta-feira

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